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Mostrando postagens de março, 2015

Inimigo

Paro de frente pro espelho, me observo e logo dou por conta. Todos temos um inimigo em comum consigo mesmos. O "eu". Não há coisa pior na vida. Ser seu pior inimigo, abrigar dentro de si o pior de tudo, o mais cruel de todos, seu maior rival. Dois de mim, cada um mostrando seu pior e seu melhor.  Brigam em uma luta silenciosa e totalmente espalhafatosa. Sem hora nem lugar marcado, só um limite, o meu corpo. A situação é na solidão, onde não há regras, não há espectadores, não há censura, não há nada, caso contrario já não seria solidão. Só. Na briga oscilo entre a mais plena sanidade e a mais pura loucura. Sou um relógio, sou o pendulo. Inconstante. Aquele poema que diz que metade de mim é a outra aquilo, se encaixa perfeitamente aqui. Metade de mim é vida e a outra é morte. Enquanto me dou esperanças, para me manter vivo, meu rival me priva dela, com um tapa na cara e diz "Acorda! Essa não é sua vida, caia na real" nessa hora ele vence. Quem é o mais forte

O silêncio

Talvez esse texto saísse melhor, se minha cachorra parasse de fazer ruídos, com a sua mais pura inocência de cachorro. Quem nunca ouviu o silêncio? O silêncio sufoca, quando temos um monte de coisas engasgadas na garganta, ou alivia quando você para de ouvir reclamações ou lamurias, "ai" dos psicólogos. Ele pode matar, ou pode criar vida. Imagina se Maria se calasse diante do anjo Gabriel, ou mesmo se um chefe de estado diante de casos de corrupção no seu mandato. Certas vezes o silêncio é a única e melhor resposta pra tudo, a vida perderia a graça se cada vez que questionássemos os seres de luz obtivéssemos respostas. A ciência seria muda. O silêncio não diz nada, mas também diz tudo. O silêncio é uma arte, arte que eu avario ao digitar esse texto. Ele pode causar danos, imagine calar uma sirene quando uma Rosa de Hiroshima está prestes a desabrochar, estando somente para acabar com a vida.   O mundo explode numa guerra mundial, daí vem o silencio e avisa qu